Quando os resultados começam a acontecer: bate-papo com Luiz Assumpção

 

Competições esportivas sempre são exigentes com os atletas. Pois além do preparo físico e técnico, é preciso uma boa cabeça para encarar os adversários e os desafios em geral. O kartismo amador não foge à regra, e os vários campeonatos existentes mexem com a cabeça dos pilotos.

O kartismo amador mineiro vem se tornando nos últimos anos um esporte cada vez mais levado à sério. E isso não é novidade para quem pratica. Competições com organização séria e eficiente, com diretores de prova, fotógrafos, registros em vídeo, drones, transmissões ao vivo, materiais de divulgação (camisas, bonés, banners), brindes. Tudo a um nível próximo de qualquer competição profissional.

Junto a isso, o nível técnico dos pilotos também sobe. Cada vez mais dedicados, conseguem um excelente desempenho nas pistas, assim como (guardadas as devidas proporções) os maiores pilotos de automobilismo que o Brasil já teve. Mas se por um lado isso é bom, por outro lado a vida de um piloto em “início de carreira” pode se tornar bastante difícil. Ter paciência para buscar evolução e lidar com o psicológico quando os bons resultados demoram (e sempre demoram) a vir são desafios enormes.

O piloto Luiz Assumpção pratica o kartismo amador há quase dois anos, e está no The Kart desde a fundação, no fim de 2016. Depois de muito tempo de aprimoramento, os resultados que sonhava finalmente começaram a aparecer. Em entrevista exclusiva para esta reportagem, ele contou um pouco como foi sua longa “espera”, quais são seus objetivos a curto e médio prazo, e o que o kartismo amador proporciona em sua vida. Confira a seguir!

 

TKC: Qual foi seu melhor resultado até agora no kart?
Luiz: “Foi uma vitoria em uma bateria da Copaminas em setembro de 2017. Foi minha primeira medalha e foi muito importante pra minha autoestima, pois já estava ficando desmotivado. Os resultados nunca vinham, e embora eu tivesse bons momentos na pista, as corridas sempre terminavam mal, com erros ou algum acidente. Nesta corrida eu ganhei com segurança, isso mudou a minha maneira de ver o kart e de encarar as competições.

TK: Como você faz pra manter o foco e a confiança, mesmo insistindo em competir nos campeonatos mais difíceis?
Luiz: Para haver alguma evolução mais forte acredito que tem que ser em campeonatos difíceis. Apesar de que eu tenha questionamentos internos sobre disputar campeonatos mais fáceis e tentar conseguir resultados mais sólidos. Mas acho que à medida em que resultados bons vão surgindo nas competições difíceis, a motivação vai aumentando [Luiz disputa desde o ano passado os campeonatos Copaminas e Corrida dos Amigos, dois dos mais difíceis dentre os afiliados à Akamig].

TK: O que você espera pra este ano e para sua sequência no esporte?
Luiz: Espero resultados mais consistentes em 2018. A dificuldade é muito grande, é um caminho muito grande a ser percorrido. Em 2019 aí sim minha meta é conseguir um título. Não é obrigação, mas é um objetivo motivacional, para eu ter o que buscar. Sempre com humildade e com a certeza que os resultados positivos acabam chegando A motivação fica abalada pelos resultados não virem. Hoje eu sei disso, não adianta ter ansiedade porque os resultados não vem no início.

Atualmente Luiz está bem na The Kart Cup, assumiu a quarta colocação na classificação após conseguir um pódio na etapa de março. Foi seu segundo pódio no grupo e o mais importante até agora, o primeiro fora uma vitória na categoria Novatos em outubro de 2017. A próxima etapa está agendada para 15 de abril no Kartódromo de Betim. Antes disso, seu próximo desafio será nesta sexta (23), no endurance 210km RBC Racing, onde ele e mais 5 pilotos vão representar o The Kart.

 

Redação e foto: Lucas Prates