Piloto Milton Santos conta sua história no automobilismo

Que o kart é a porta de entrada do automobilismo, todo mundo já está cansado de saber. Mas além disso, o kartismo também pode ser o ponto de encontro de entusiastas e de pessoas envolvidas com esportes a motor, de qualquer categoria.

Neste cenário, o kartismo amador mineiro se destaca, principalmente pelo seu propósito de lazer, aliado à crescente dedicação dos organizadores de campeonatos, que trabalham duro para construir competições de qualidade que são levadas muito a sério. Desta forma, no kartismo amador mineiro, pilotos amadores e profissionais se misturam, trocam experiências e fortalecem seus laços de amizade.

O piloto Milton Santos possui grande experiência em várias categorias. Sua trajetória, que começou primeiramente pelo kart indoor ainda nos anos 90, passou pelo kart profissional, até chegar em categorias de turismo, como Marcas e Pilotos de vários Estados e Copa Fusca, e também em categorias de monopostos, na Fórmula RS.

Piloto extremamente técnico, sempre protagoniza disputas bonitas e leais por onde passa. Na última semana dedicou um pouco de seu tempo para contar em entrevista exclusiva para esta reportagem um pouco da sua história no esporte.

“Na época (anos 90) o kart era ‘indoor’ mesmo, em galpões, pistas fechadas em estacionamento de shopping e de supermercado. Nos anos 2000 comecei a me envolver com karts profissionais, ainda tenho um RD 135 que uso para treinamentos.”, contou o piloto, que até hoje participa de competições de kart amador, apesar de não ser seu foco principal. “Não me considero um kartista, me vejo mais como um piloto de endurance de turismo e protótipo. Kart é uma opção por causa do baixo custo com ótimo benefício, onde ainda construo boas experiências de pista.”, explicou Milton. Dentre outras competições de kart, participou do Endurance individual Gramane em 2016 e correu como convidado na última etapa da 2ª The Kart Cup. Na temporada 2017 disputa regularmente o campeonato Amigos do Kart, onde está na luta pelo título.

Milton conheceu vários autódromos ao longo de mais de uma década como piloto. “Estreei em competições de carros no Marcas e Pilotos Paulista com um Corsinha.”, lembrou Milton, que já participou de corridas em vários autódromos do Sul, como Guaporé, Santa Cruz do Sul e Tarumã, que é “o templo do automobilismo da região”, como define o próprio piloto. Também já andou em Goiânia, Interlagos, Mega Space e em Curvelo, os dois últimos em Minas Gerais.

Além de desbravar o Brasil, o piloto também encara desafios internacionais. Já correu duas vezes as 14 horas de Daytona, nos Estados Unidos. “Na minha primeira vez nas 14 horas de Daytona andei em um Camaro V8 com 380cv, andei também em um Mazda Miata com 200cv, ambos com tração traseira. Da segunda vez, com um Lexus SC300 com 300cv, foi uma das provas que tenho a maior lembrança de prazer na pista, tenho filmado mais de 80 ultrapassagens.”, relembrou.

Apesar de já ter recebido vários convites para participar de outras categorias, Milton não consegue participar de todas por questões financeiras. “Os custos não permitem. Patrocinador faz diferença.”, desabafa o piloto, evidenciando a realidade do esporte em nosso país. O apoio das empresas ainda é tímido e a falta de patrocinadores impede que muitos pilotos sigam participando de campeonatos e mostrando seu talento.

Enquanto outras boas oportunidades não aparecem, Milton segue correndo de kart amador, onde se diverte com os amigos e se mantém em forma, pois para o piloto, seja qual for a categoria, automobilismo para ele “é prazer, é diversão, é desenvolvimento, é superar os desafios e assumir os riscos, é uma forma de sentir-se vivo.”.

O The Kart Championship agradece a participação de Milton na última corrida realizada e conta com a presença do piloto nas próximas. Pilotos como ele sempre serão muito bem vindos!

Redação: Lucas Prates