Em uma competição de kart amador onde os karts são equalizados e sorteados, e os traçados são variados a cada etapa, a experiência e habilidade de cada piloto é majoritariamente responsável pelos resultados de cada corrida.
Para tentar fazer uma análise deste panorama e esquematizar uma explicação que refletisse a realidade, analisamos a primeira The Kart Cup, comparamos os resultados com o histórico dos pilotos e também com resultados de outras competições.
Tiramos a conclusão de que é possível separar os pilotos em grupos característicos (ou níveis), tal como os próprios pilotos já fazem em conversas informais. A representação gráfica de tais grupos forma uma pirâmide (neste caso ficou mais parecida com um pinheiro), uma vez que pilotos de níveis mais altos sempre são em menor número devido à dificuldade e demora para se alcançar um bom desempenho nas pistas. A reportagem de hoje vai tentar explicar, confira a seguir.
1. Os imbatíveis
O primeiro nível pode ser considerado aquele que possui o seleto grupo de pilotos fora de série, que são destaque em todas as competições que participam. Possuem grandes conquistas a nível estadual e também a nível nacional. Nas corridas, estão sempre entre os melhores.
2. Os pilotos excelentes
Logo abaixo dos “imbatíveis” está o segundo nível, os pilotos experientes, rápidos e com um diferencial dos demais. Estes estão sempre brigando pelas vitórias e dando trabalho aos “imbatíveis”, que no fim das contas não são tão imbatíveis assim. Geralmente possuem conquistas relevantes a nível estadual.
3. Os bons pilotos
O terceiro nível pode ser considerado como o grupo de pilotos velozes, constantes e experientes, que conquistam pódios com uma certa frequência, e de vez em quando alguma pole e alguma vitória. Nas corridas são capazes de disputar com pilotos “excelentes” com frequência, e com os “imbatíveis” em certas ocasiões.
4. Os pilotos regulares
Aqueles pilotos que registram bons tempos de volta e pilotam com solidez podem ser classificados neste quarto nível. Brigam por posições intermediárias e eventualmente conquistam algum pódio. São capazes de disputar diretamente contra os “bons” e eventualmente com os “excelentes”.
5. Os pilotos em evolução
São os pilotos “de meio de grid”, ocorrem em maior número principalmente em grupos de “Acesso” dos campeonatos. Compreende aos pilotos com menos experiência que os níveis acima, e desempenho ligeiramente irregular. Porém, já conhecem os princípios básicos de pilotagem e conseguem competir sem maiores problemas. Quando estão inspirados conseguem disputar contra pilotos “regulares”.
6. Pilotos iniciantes
O último nível, e que não segue a ideia de “pirâmide”. Em competições de kart eles são poucos, e geralmente deixam de fazer parte deste nível em pouco tempo, para passar a integrar o quinto nível. São os pilotos iniciantes, sem experiência, mas que geralmente evoluem muito de corrida para corrida. Quando pegam a mão do kart e da pista, conseguem disputar contra pilotos “em evolução”.
É importante destacar que todos os pilotos de kart amador um dia passaram pelo nível 6, já que ninguém nasce sabendo pilotar. Para chegar aos níveis 1 e 2 é preciso muita dedicação. Todos são capazes de alcançar os níveis superiores, mas cada piloto terá um tempo distinto necessário para que isso ocorra. Quanto mais alto o nível, mais afunilado se torna. A quantidade de pilotos dos níveis mais altos é bastante reduzida.
Os pilotos dos dois primeiros níveis poderiam ser agrupados e classificados como “pilotos de ponta”. Porém, analisando o histórico destes pilotos, percebe-se que alguns se destacam sobre outros, o que possibilita a separação dos mesmos em duas turmas.
Por último, é importante destacar que esta classificação foi feita pensando nas competições de kart de uma forma genérica, sendo aplicável a quase todos os torneios e campeonatos.
E aí, o que você achou da divisão? Concorda ou discorda? Em que nível você está?
Redação e arte: Lucas Prates